segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Uma semana...


Sábado, não, talvez já fosse domingo dada a hora que a festa começou, parece que as músicas foram selecionadas para me fazer pensar ainda mais nisso tudo que quero abstrair. Teve uma hora que Rosana foi ressuscitada e cantou que há "tanta coisa pra dizer, mas a gente nem se fala" e que "tudo vai ficando assim". Na hora, em meio a um pouco de álcool e mais uns goles da bebida em minha mãos, me veio à cabeça a nossa situação. Seria tão mais fácil se conversássemos. Pelo menos pra mim, seria.

Hoje, esse silêncio todo faz uma semana. Parece que a vida segue, mas na verdade não. Cheguei a sonhar que tudo havia se resolvido, que estávamos as boas de novo, rindo de tudo feito bobos. Mas era sonho, e no próprio, me contestei se aquilo era de fato real. Não era. Acordei com um misto de contentamento, pela esperança reacendida, com a tristeza de sequer saber se ela tem fundamento. Não sei se você sonha com as mesmas coisas, não sei nem se pensa sobre tudo isso. Ando vivendo - e convivendo - com incertezas.

Mas estou respeitando aquela promessa que fiz de te dar um tempo. De deixar você se afastar, como foi sua decisão, embora tudo o que eu queira é você por perto. A proximidade daquela data tem me feito ficar apreensivo. Queria comemorar contigo, tal qual fizemos na sua data quando você estava aqui. Queria também buscar ajuda, mas resolvi que isso seria só entre nós dois, que ninguém precisava saber, se envolver e assim tem sido. É difícil, sabe, é melhor quando você pode contar para alguém e escutar algumas palavras de volta. Mas, não, é melhor ninguém interferir. Enquanto isso, vou escrevendo.

Um dia conversando com um outro amigo, ele me disse uma frase que tenho guardada e usado para me acalmar por esses dias. "O tempo das pessoas não é o mesmo que o seu". Acho que faz sentido. Acho que é isso, né? Talvez o seu tempo seja diferente do meu, talvez a forma como eu gostaria de resolver seja diferente da sua, talvez eu queira acertar os ponteiros na hora e você daqui um mês ou ano. Ou talvez nem queira, tenho que pensar também nessa chance, concorda?

Tem horas que me pego pensando na falta que tudo me faz. Aí me pergunto se nada te faz falta também... fico com receio de que a gente não se fale por mais sete dias, que eles se tornem sete meses e se passem sete anos e o resto da vida. Mas não vou forçar. Penso mil vezes em te procurar, em ligar, em chamar, em falar "e aí, já deu a sua hora? já podemos ser amigos como antes?", mas talvez não seja ainda o momento. É aquele medo de esperar  sempre pelo "não", lembra? Então talvez seja preciso esperar mais um pouco, aguardar por uma luz, sei lá.

Enquanto isso, ecoa em minha mente que há "tanta coisa pra dizer, mas a gente nem se fala"...

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